Segundo a reportagem a utilização
de analgésico cresce muito a cada ano, sendo que no Brasil o consumo de
comprimidos analgésicos cresceu 43% em três anos. Até julho deste ano os
brasileiros ingeriram 113 milhões de analgésicos, que significa ser apenar 17
milhões a menos que os analgésicos ingeridos durante todo o ano de 2010.
O mesmo posso observar nos
pacientes que chegam ao consultório relatando dores há muito tempo, sendo a medicação
analgésica a única forma de “tratamento”. O número de pacientes adolescentes e
jovens adultos que me procuram no consultório vem crescendo muito, e em diversos
casos eles chegam apresentando patologias mais sérias que muitas pessoas mais
velhas. Daqui um tempo a antiga desculpa da “certidão amarela” não vai mais
poder ser utilizada! A meu ver, isso se deve principalmente pela má postura,
sedentarismo e por estresse.
A dor aparece no nosso corpo para
nos mostrar que algo está errado! Quando estamos sentindo dor em algum lugar, essa
dor tem uma causa, que pode ser mecânica, química ou emocional, mas sempre terá
uma causa. A função da grande maioria
dos analgésicos é inibir a ação da ciclo-oxigenase, enzima envolvida na
transmissão de estímulos dolorosos a nervos espalhados pelo organismo, fazendo assim
com que a informação não chegue aos nervos e consequentemente no cérebro,
fazendo a pessoa não sentir dor. Mas o fato de não sentir dor durante o período
de ação da medicação não quer dizer que foi removida a causa da dor.
Não quero aqui, ser extremista a ponto de
falar que nunca se devem tomar analgésicos, claro que não, mas o que quero é
alertar, assim como na matéria da revista para o uso excessivo de medicação,
que não só mascara a dor, como também traz diversos outros prejuízos para a
saúde como os descritos abaixo:
- Ácido Acetilsalicílico: em excesso pode originar náuseas, vômitos, sangramentos internos, zumbidos, úlceras e alergias.
- Paracetamol: potencialmente nocivo ao fígado, podendo contribuir para falência hepática (fígado), erupções na pele, urticária, choque anafilático e broncoespasmos. O Paracetamol está na mira das autoridades americanas, porque sozinho é a causa de pelo menos 80 mil internações no país. Segundo um estudo da Universidade de Edimburgo na Escócia revelou que até pequenas doses são capazes de prejudicar o fígado.
- Diclofenaco: é o anti-inflamatório não hormonal mais vendido no mundo que, mediante exageros, pode levar a vômitos, náusea, diarreia, lesões no esôfago e pode elevar o risco de cardíacos infartarem. Especialistas em farmacologia do Reino Unido e do Canadá, solicitaram à Organização Mundial de Saúde para retirar a droga da lista de medicamentos essenciais.
- Ibuprofeno: seu uso excessivo pode levar a enjoos, diarreia e constipação. Ocasionalmente favorece a insônia e insuficiência renal.
- Piroxicam: está associado a panes gastrointestinais, que vão de estomatite a úlceras e sangramento. Reações hepáticas também foram relatadas.
- Dipirona: foi proibida nos Estados Unidos, Canadá e países europeus devido à sua associação com aplasia medular (alteração grave da medula óssea).
Resumindo, os
analgésicos podem sim serem utilizados, mas com muita cautela, visto os vários
prejuízos que trazem ao corpo quando utilizados sem controle. Segundo a
reportagem, as pessoas que utilizam essas medicações em excesso reduzam a sua
capacidade de suportar incômodos. O uso desregulado dessas medicações faz com
que os receptores da medula e do cérebro, que enviam as informações dolorosas,
fiquem desajustados, deixando todo o sistema da dor sensível demais, resultando
em pessoas que começam a sentir desconfortos até sem causa aparente.
Sendo assim, é
importante que a pessoa com dor, procure identificar o que está causando esse
quadro álgico e procure um tratamento que remova a dor principalmente por tratar
o agente causador dela, e não fazer apenas com que a pessoa não sinta a dor.
Crianças, idosos e pessoas com dores crônicas merecem atenção especial antes de tomar analgésicos!!
No caso das
dores musculoesqu
eléticas: dores na coluna, dores de cabeça tensionais, tensões
musculares, lesões por esforço repetitivo, dores nas articulações entre outras,
a Quiropraxia pode ajudar e muito! Outros profissionais, como fisioterapeutas,
massoterapeutas, educadores físicos, acupunturistas também apresentam uma gama
de terapias e exercícios que podem ajudar nesses casos!
Como
quiropraxista indico a todos algumas mudanças nos hábitos de vida que podem
fazer toda a diferença: boa postura, exercício físico, alimentação saudável e “desacelerar”
o ritmo de vida!